O sistema religioso de Ur 

30/08/2019

Assim como quase todos os povos do mundo antigo, os Caldeus praticavam a religião politeístas, isto é, adoravam vários deuses. Marduc, Deus adorado por toda a Mesopotâmia, era a principal divindade da Religião dos Caldeus. Na concepção destes povos, os deuses poderiam praticar coisas boas ou ruins com os seres humanos. Os deuses da religião mesopotâmica representavam os elementos da natureza (água, ar, sol, terra, etc). Diversas cidades possuíam seus próprios deuses. Marduque, por exemplo, era o deus protetor da cidade da Babilônia, na época do reinado de Hamurabi. Em função do domínio desta cidade sobre a Mesopotâmia, este deus também passou a ser o mais importante em toda região. Uma deusa que ganhou muita importância na Mesopotâmia foi Ishtar. Era representada nua e simbolizava o poder da natureza e da fertilidade. Os mesopotâmicos também acreditavam na existência de heróis, demônios e gênios. Praticavam adivinhações e magias.

Somente os sacerdotes podiam entrar nos templos. Estes sacerdotes eram considerados espécies de intermediários entre os deuses e as pessoas. Eles não precisavam trabalhar no campo, pois tinham a função de conduzir a construção de diques e canais de irrigação.

Os principais deuses da religião mesopotâmica são:

  1.  Enlil - deus do vento e das chuvas;
  2.  Shamach - deus do Sol;
  3.  Ishtar - deusa da chuva, da primavera e da fertilidade;
  4.  Marduque (Marduk) - deus protetor da cidade da Babilônia.

Os deuses mesopotâmios tinham formas humanas, eram homens ou mulheres, tinham relações sexuais e reagiam a estímulos com razão e emoção. Sendo semelhantes aos humanos, eles eram considerados imprevisíveis e muitas vezes caprichosos. Sua necessidade de comida e bebida, moradia e cuidados espelhava a dos humanos. Possuindo poderes maiores que os humanos, muitos deuses estavam associados a fenômenos astrais como o sol, a lua e as estrelas, outros com as forças da natureza como ventos e águas frescas e oceânicas, outros ainda com animais reais - leões, touros, bois selvagens - e criaturas imaginadas como dragões cuspidores de fogo.

Marduc ou Merodaque, na versão bíblica, é uma divindade babilônica que integra o novo panteão da Mesopotâmia ancestral. Ele é fruto de um relacionamento incestuoso entre Ea, deus das águas doces, e Ninursag, deusa das montanhas entre os sumérios. Gerou Damuzi, conhecido nas Sagradas Escrituras como Tamuz e entre os egípcios como Osíris.

"Depois disto, sucedeu que, no ano trinta e sete do cativeiro de Jeoaquim, rei de Judá, no mês duodécimo, aos vinte e sete do mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, levantou, no ano em que reinou, a cabeça de Jeoaquim, rei de Judá, da casa a prisão".  (2Reis 25.27)

Enquanto os seres humanos eram destinados a vidas de trabalho, muitas vezes por uma existência marginal, os deuses do céu não trabalhavam. A humanidade foi criada para aliviar seus fardos e fornecer-lhes cuidado diário e comida. Humanos, mas não animais, serviam assim aos deuses. Muitas vezes indiferentes, os deuses poderiam responder bem às oferendas, mas a qualquer momento, poderiam também atacar os humanos com uma vingança que poderia resultar em doença, perda de sustento ou morte.



Ao lado podemos observar uma placa de proteção do terrível demônio feminino Lamashtu, que aparece abraçando a cama do doente. O marido dela, Pazuzu, é mostrado no topo, e é invocado para persuadi-la a ir embora para que o doente se recupere. Cerca de 2° ou 1° milênio a.C.  (Museu do Louvre).

Eventos políticos influenciaram a composição do panteão. Com a queda da hegemonia suméria no final do terceiro milênio, a cultura e o controle político babilônicos se espalharam pelo sul da Mesopotâmia. No final do terceiro milênio a.C, os textos sumérios listavam aproximadamente 3.600 divindades.


A imagem ao lado trata-se da deusa Ishtar. Desenho estilizado feito a partir do relevo babilônico chamado 'Queen of the Night'.

A bíblia nos demonstra que mesmo depois de tantos anos da era de Abrão a idolatria de Israel continuava latente a esses deuses mesopotâmicos. O povo não só adorava aos principais deuses cananeus como também absorveu as religiões de outros grupos. Famílias inteiras estavam envolvidas em idolatria. As crianças buscavam a madeira que os homens usavam para construir altares para adorar falsos deuses. As mulheres estavam envolvidas fazendo massa para bolos e pães a serem oferecidos à "Rainha do Céu" .

Enquanto os grandes deuses do panteão eram adorados pelos sacerdotes em rituais nos centros de culto, as pessoas comuns não tinham contato direto com essas divindades. Em suas casas, eles adoravam deuses pessoais, que eram concebidos como pais divinos e eram considerados divindades que podiam interceder em seu nome para garantir saúde e proteção para suas famílias.

Mas parece-nos que não foi somente o povo de Israel que entristeceu o coração do Eterno com suas idolatrias. Vamos analisar, a partir de agora, como se dá alguns tipos de idolatria em nossa sociedade atual. Entre todas as mulheres que já viveram, a mãe de Jesus Cristo é a mais celebrada, a mais venerada. Entre os católicos romanos, a Madona, ou Nossa Senhora, é reconhecida não somente como a Mãe de Deus, mas também, de acordo com muitos papas, a Rainha do Universo, Rainha dos Céus, Trono de Sabedoria e até Esposa do Espírito Santo." (Revista Time, "Serva ou Feminista?", 30/12/1991, pg 62-66)

Poderia  Nossa Senhora católica (Maria, a mãe física de Jesus), descrita no artigo da revista Time como a "Rainha dos Céus" ser a mesma "Rainha dos Céus" que estava provocando Deus à ira e ao julgamento descrito em Jeremias 7:18?

"Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolo à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira". 

Primeiro, vamos examinar a antiga Rainha dos Céus. A maior parte destas informações foram extraídas do livro The Two Babylons (As Duas Babilônias), de Alexander Hislop, publicado em 1917. Hislop rastreou a adoração babilônica da Rainha dos Céus até os dias após a morte de Ninrode (Gênesis 10.8). A data exata desse acontecimento não é conhecida exatamente, mas parece ser aproximadamente 400 anos após o dilúvio. Após a morte de Ninrode, sua mulher, a rainha Semíramis, decidiu reter seu poder e suas riquezas. Ela inventou a estória de que a morte de Ninrode foi para a salvação da humanidade. Ninrode foi propagandeado como "a semente prometida da mulher, Zero-ashta, que estava destinado a esmagar a cabeça da serpente, e ao fazer isso, teria seu calcanhar ferido", fatos muito relacionados as descrições bíblicas de Lucas 2.11 e Gênesis 3.15:

"Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor".

"E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça e tu lhes ferirá o calcanhar".

Quando as pessoas começaram a adorar a mãe mais do que o filho, os sacerdotes babilônicos sentiram-se forçados a publicar um edito para divinizá-la também. Após a passagem de muito tempo, o nascimento do filho foi declarado miraculoso e, portanto, a mãe foi chamada de "Virgem Mãe". Mas, vejamos o que a bíblia nos fala da mãe do salvador:

"Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel". (Isaías 7.14)

Semíramis recebeu os títulos mais elevados. Foi chamada de Rainha dos Céus. No Egito, era Athor, isto é, a Habitação de Deus, para significar que nela habitava toda a "plenitude da divindade". A partir dessa origem pagã, a estória da Virgem Mãe, a Rainha dos Céus, alastrou-se por todo o mundo. Ela era adorada em Roma, na Grécia, na Babilônia, na China, no Japão e no Tibete, com diferentes nomes. Os nomes da mãe e de seu filho mudavam de acordo com as línguas surgidas naqueles dias, tais como: Ashtarot e Baal na Fenícia; Ishtar ou Inanna na Assíria; Isis e Osiris no Egito; Afrodite e Eros na Grécia; Vênus ou Fortuna e Cupido ou Júpiter em Roma. Mas em outros povos também havia esse conceito religioso místico, como entre os chineses, os antigos germanos, os escandinavos, os etruscos, os druidas e na Índia. Acreditamos que o atual reavivamento na adoração à Virgem Maria resultará na união de todas as religiões do mundo em uma só, em cumprimento à profecia bíblica sobre o estabelecimento do reino do Anticristo apoiado pela Religião Mundial:

"Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele." (Daniel 9.27).

A veneração a Semíramis e Tamuz se espalhou para diversos países do mundo da época, tendo as famílias se espalhado pela confusão das línguas. Em muitos lugares do mundo os povos adoravam uma mãe com seu filho nos braços, bem antes do nascimento de Jesus. Foram erigidos muitos monumentos em homenagem a deusa-mãe Semíramis com seu filho Tamuz. Entre os israelitas um dos títulos a deusa mãe era Astarote ou Astarte e rainha dos céus que até eles adoravam (Jeremias 7:18; 44:17-19 e 25 e Ezequiel 8:14).

No cristianismo católico, a Rainha Mãe veio a ser Maria, mãe de Jesus, esse em lugar de Tamuz. Foi no tempo de Constantino que começaram a ver Maria como deusa, mas ainda não era adorada. Tal como na antiga Babilônia, Maria, também venerada como Rainha dos Céus, passou a ser adorada mais intensamente que o próprio Jesus. Ela é adorada como a mãe de Jesus, como foi Semíramis na antiguidade. Hislop explica que "A Nossa Senhora de Roma... é simplesmente a Nossa Senhora da Babilônia. A Rainha dos Céus na primeira Babilônia é a mesma Rainha dos Céus na última Babilônia, a atual.

A palavra do Senhor diz: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas". Já não é mais tempo de nos permitirmos ser enganados e continuarmos adorando a deuses que:

"Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. 

(Salmos 115:5-7)

Deus detesta os ídolos. Quem adora um ídolo adora uma mentira, algo que não é um deus nem merece adoração. Nossos ídolos podem ser deuses falsos ou imagens mas também podem ser o dinheiro, a fama, nossa arrogância... Tudo que recebe nossa adoração e nos afasta de Deus é um ídolo. Somente devemos adorar a Deus. Nenhum ídolo nos pode salvar. Todos os ídolos falham mas Deus nunca falha. Ele tem todo poder e nos ama.

"Não terás outros deuses além de mim. "Não farás para ti nenhum ídolo, ne­nhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zelo­so, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos".
Êxodo 20:3-6


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